Palavras

Aqui começa uma história. A minha história com as palavras.
Palavras que desde muito pequena me lembro.
Palavras que sempre me fizeram sonhar.
Palavras simples, recheadas de emoção.
Hoje eu vivo em meio às letras e caracteres.
Hoje eu as solto no ar.
Palavras! Essa sou eu: Vanêssa Saldanha de Sousa.
Com todos os caracteres e acentos.
Com toda essa verdade.
Assim como as palavras sou simples, recheada de emoção.
Agora começo a me revelar.
Venha comigo!
Ouça as minhas palavras.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quando é que eu vou crescer?

Outro dia desses estava eu e alguns colegas de trabalho fazendo um happy hour e surgiu um assunto sobre "Ser adulto".
Eu não estava lá nos meus melhores dias e pelo clima dos demais, parecia que todos estavam meio murchos.
Melhorou quando chegou a cerveja e a tequila. Nada que um "shot" não nos faça colocar para fora nossas frustrações.
Definitivamente eu estava um tanto quanto frustrada naquele dia. São as variações de humor femininas.
Comentava com os colegas sobre o meu final de semana intenso em Araxá, naquele hotel bonito, onde fui para curtir 3 dias de festa. Overdose de House Music.
Nesses 3 dias encontrei com algumas pessoas da minha cidade natal. Algumas até mais velhas do que eu, e quando as vi pensei: "putz, quando é que esse povo vai crescer e sair da balada?". Lá estava eu "o sujo falando do mal lavado".
E eu? Quando é que eu vou crescer?
Uma colega na mesa comentou que não concordava comigo. Que não é por conta da idade que temos que parar de sair, de passear, de nos divertir. Concordei com ela, mas afirmei que o ponto não está em parar de viver, mas, viver de forma diferente.
Certas baladas, como essa que eu havia ido, não fazem mais parte do meu mundo. Fiquei deslocada.
Quero sim continuar vivendo, me divertindo, sendo feliz, mas em ambientes mais calmos, mais tranquilos, um happy hour por exemplo.
Então ela concordou comigo. Ela teve a sensibilidade de perceber que eu não estava em um bom momento.
No dia seguinte, carinhosamente me mandou um texto, já conhecido, até "batido", mas, que cada leitura, em cada momento da vida pode nos trazer reflexões diferentes.
O texto "Ser Adulto" do Arnaldo Jabor diz muito com palavras simples.
Deixo aqui esse texto para que os meus possíveis leitores possam fazer suas reflexões.
Que me desculpe o Arnaldo Jabor por eu postar em meu blog um texto de sua autoria.
De forma alguma quero ir contra os direitos autorais, mas, num mundo conectado, sem leis e regras "caiu na rede é peixe" e acredito que ele entenda isso melhor do que eu.
Nem é possível atualmente termos certeza de quem é a autoria de determinadas palavras e se elas estão conforme o autor as escreveu.
Esse universo de possibilidades que é a internet é ao mesmo tempo maravilhoso e assustador.

Ser Adulto - Arnaldo Jabor

"Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
_ 'Ah, terminei o namoro...'
_ 'Nossa, quanto tempo?'
_ 'Cinco anos...Mas não deu certo... Acabou'
_ 'É, não deu...?'
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai e mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice-versa.
Não fique comalguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é esse de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?"

Concluindo, eu resolvi comprar uma planta.
Uma cerejeira que dizem ser a Árvore da Felicidade.